A música tem um poder magistral de entreter, envolver, estimular e acalmar. Algo único, uma linguagem universal, a música toca a alma, a letra fala ao coração como se tivesse sido composta propositalmente para cada um que a escuta. Vira trilha sonora de romance, de evento, de acontecimentos, de uma vida. Clássica, Blues, Jazz, Soul, Brasileira, Eletrônica, Gospel, Rock, Country, Pop, cada gênero inspirando à sua maneira.
Quem sabe isso quer dizer amor (Lô Borges e Márcio Borges)
Intérprete: Bruna Caram
Composta em parceria por Lô Borges e Márcio Borges, ficou marcada na voz da jovem Bruna Caran, de 23 anos, e está presente no CD “Feriado Pessoal”, o segundo da cantora, que já lançou três álbuns. Bruna Caran, natural de Avaré, São Paulo, deu início à vida musical aos 9 anos, quando entrou para o renomado grupo paulista Trovadores Mirins — ramificação dos Trovadores Urbanos. Aos 15 dava o pontapé inicial à fase de cantora solo, com homenagens a músicos consagrados da MPB, como Chico Buarque e Paulinho da Viola. Aos 19 lançou o primeiro CD, “Essa Menina”, no qual interpreta a obra do compositor paulistano Otávio Toledo.
Como uma onda (Lulu Santos e Nelson Motta)
Intérprete: Lulu Santos
Gravada em 1983 por Lulu Santos é uma composição do próprio cantor em parceria com o escritor e jornalista Nelson Motta, com quem realizou outros trabalhos. Luiz Maurício Pragana dos Santos, o Lulu Santos, hoje com 61 anos, é o principal interprete da música, que já foi regravada por dezenas de artistas e foi trilha sonora do filme “Garota Dourada”, de Antônio Calmon. Lulu Santos iniciou sua trajetória musical aos 12 anos, quando começou a tocar guitarra e formou uma banda inspirada nos Beatles, a Cave Man. Antes de completar o colegial teve de fugir de casa para dar sequência à vida artística, já que seu pai era militar e queria a mesma profissão para o filho. Nesta fuga percorreu o Brasil com hippies. Foi passando por algumas bandas até acabar se decidindo pela carreira solo, com direito a parcerias que alavancaram seu sucesso, como com o DJ Memê, que resultou no disco “Assim Caminha a Humanidade”, de 1994.
Corsário (João Bosco/Aldir Blanc)
Intérprete: João Bosco
Composta por João Bosco e Aldir Blanc é amplamente interpretada por nomes de expressão da Música Popular Brasileira, com destaque para Elis Regina. Também já fez parte do repertório de Ney Matogrosso, Djavan, Zizi Possi e até Daniela Mercury. Lançada em 1984 no álbum “Gagabirô”, “Corsário” tem como principal intérprete o próprio João Bosco, que ao levá-la ao palco sempre realiza uma introdução inconfundível. O cantor, hoje com 68 anos, é natural de Ponte Nova (MG). Nascido numa família com dotes musicais, João Bosco começou a tocar violão aos 12 anos. Apesar do dom para a música acabou se formando em Engenharia Civil, curso que conciliou com dedicação exemplar à carreira artística. Sua primeira gravação, “Agnus Sei”, de 1972, saiu no disco de bolso do jornal “O Pasquim”. Em 1973 fechou contrato com a gravadora RCA, lançando seu primeiro disco.
Itapuana (Arnaldo Antunes)
Intérprete: Arnaldo Antunes
“Itapuana”, de Arnaldo Antunes, foi lançada em 2004 e tem como principal intérprete o próprio cantor. Arnaldo Antunes, 54 anos, também é poeta, artista visual e instrumentista (violão, guitarra). Chegou a cursar Linguística, mas trancou o curso por conta do sucesso da banda Titãs, da qual fez parte até 1992. O artista é conhecido em toda a América do Sul como um dos principais compositores da música pop brasileira. Fez parte do projeto Tribalistas e da banda Nação Zumbi. Além de ter sido VJ da MTV Brasil, o músico é responsável pela composição e interpretação da música “Lava as Mãos”, do programa educativo “Castelo Rá-Tim-Bum”, sucesso da TV Cultura.
Penas do Tiê (Fagner)
Intérprete: Fagner e Nara Leão
Composta por Raimundo Fagner, tem como principais intérpretes a cantora Nara Leão (falecida em 1989) e o próprio Fagner. A dupla Pena Branca e Xavantinho também a gravaram. Fagner, como é mais conhecido, 65 anos, é frequentemente incluído em listas que ressaltam os principais cantores da música latina. Aos 6 anos venceu um concurso infantil de uma rádio da cidade de Orós (Ceará). Durante a adolescência formou diversos grupos vocais e instrumentais, quando passou a compor. Em 1968 venceu 4º Festival de Música Popular do Ceará com a música “Nada Sou” (parceria com Marcus Francisco). Tornou-se conhecido no Ceará no ano seguinte. Em 1971 conheceu Elis Regina, que gravou sua música “Mucuripe”, tornando-a o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor. Nara Leão, que eternizou em sua voz a música “Penas de Tiê”, é conhecida como musa da Bossa Nova. Quando criança Nara Leão teve aulas de violão e aos 14 começou a estudar a fundo o instrumento na academia de Carlos Lyra e Roberto Menescal. Aos 18 já era professora da instituição. Ao longo da década de 1960 passou a se apresentar e a fazer sucesso, inclusive no exterior, bem como se envolver na vida política do país, com posicionamento firme contra a ditadura. No final dos anos 1970, com a carreira no auge, descobre um tumor benigno, mas inoperável, no cérebro. Entre interrupções e retomadas da carreira artística alguns discos são lançados. Morreu em 7 de junho de 1989, aos 47 anos. Nara Leão teve dois filhos.
Arnaldo Antunes fez parte do projeto tribalistas.
Gostei muito! Vi o suficiente para arriscar este comentário.
Grande abraço
Essas músicas transcende qualquer comentário!
Corsário é uma das músicas que mais me emocionam. Relembra minha adolescência curtindo as música ao vivo nos bares de Goiânia.
Bela letra. Boa música. Boas lembranças. Inclusive havia um bar com esse nome em Goiânia na década de 90.
Apreciei você por aqui. BjBj